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Jogamos: Mortal Kombat 11 aposta em realismo e jogabilidade mais cadenciada

Rodrigo Trindade

Do UOL, em São Paulo

04/02/2019 04h00

Se você curte a série "Mortal Kombat", então o próximo game da franquia, com lançamento marcado para o dia 23 de abril, deve te agradar. Testamos uma demo de "Mortal Kombat 11" na quinta-feira (31) em um evento realizado em São Paulo e podemos atestar que o jogo traz novidades e ajustes finos em relação ao seu antecessor - afinal, desnecessário mexer em time que está ganhando.

A demonstração disponibilizava sete dos personagens que estarão no jogo, entre eles o novato Geras. Com poderes de manipulação do tempo que permitem paralisar o adversário, ele é um lutador mais pesado, capaz de golpes potentes. Entre suas outras habilidades, se destacam as magias com areia, sendo a que mais me agradou uma armadilha que engolia o rival e depois jogava-o para cima.

Esses poderes, inéditos na série, têm ligação direta com os acontecimentos da história de "Mortal Kombat 11".

Além de Geras, o monstruoso Baraka marcou presença como o outro "pesado" da turma. Do outro lado do espectro estão Sonya Blade (que, em inglês, é dublada por Ronda Rousey) e Skarlet. Ambas são mais leves e ágeis, mas Sonya usa armas balísticas e de choque como golpes, enquanto Skarlet manipula e dá forma ao sangue alheio para matar os adversários.

O elenco disponível também contava com o deus Raiden - com seus raios - e os populares Scorpion e Sub-Zero. Todos os personagens possuíam três variações que podiam ser escolhidas pelo jogador no início da partida. Se você jogou "Mortal Kombat X", sabe do que estamos falando, pois é o mesmo sistema.

As principais diferenças estão na cadência do jogo. Dá para perceber rapidamente que a jogabilidade não é tão rápida como a do game anterior. E isso não é por acaso, como nos contou Thiago Gomes, artista principal de cenários do NetherRealm Studios e responsável pela arte das detalhadas arenas de luta de "Mortal Kombat 11" - três delas estavam disponíveis na demo.

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"O 'Mortal Kombat X' era muito rápido, você corria para lá e para cá. Esse jogo está um pouco mais lento, o combate é mais perto, os designers tentam fazer um personagem ficar mais próximo do outro, brincar mais do que eles chamam de footsies. Essa foi a maior mudança, o ritmo do jogo", afirmou.

Outra mudança, dessa vez artística, também chama a atenção. Os personagens estão com uma aparência menos caricata e mais realista, o que foi uma decisão da direção de arte de "Mortal Kombat 11".

"Ele é muito mais (fotorrealista do que o 'Mortal Kombat X'). Isso foi uma direção artística. No começo do jogo a gente decidiu fazer ele bem mais baseado na realidade, um pouco menos fantasia. Se você acompanhar o desenvolvimento dos lutadores, como eles são muito mais realistas, com os rostos todos escaneados, poder suportar esse tipo de realismo no ambiente, no cenário, foi muito importante para gente", explicou.

Um detalhe que chamou a nossa atenção, mas não pode ser explorado foi uma aba de equipamento que surgiu na tela de seleção dos personagens. O espaço estava ali, mas não havia opções de selecionar algum item para ocupá-lo.

Quer sangue? Jogo tem de sobra

Não seria "Mortal Kombat" sem cenas exageradas e explícitas de violência, e esse novo jogo cumpre a tradição da série. Os Fatalities estão de volta ensanguentados como sempre, assim como os golpes de raio-x. O novo jogo também terá os Fatal Blows, golpes situacionais que surgem quando você está com 30% de vida e causam muito dano, deixando, ao mesmo, tempo as lutas mais cinematográficas.

Thiago também explicou outra modalidade, chamada crushing blow. Segundo ele, essa mecânica nova dá um toque visual a ataques especiais, estendendo combos, aumentado o dano do golpe ou prolongando o dano por alguns segundos. Esse tipo de pancada é ilustrado com uma câmera mais cinemática, sendo que em certas ocasiões o raio-x é mostrado.

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Aprenda

Como era em "Mortal Kombat X", o novo jogo tem finalizações muito bem detalhadas, com cérebros explodindo da cabeça, olhos sendo espetados, para ficar apenas com dois exemplos.

A apresentação realizada durante o evento em São Paulo ainda mostrou uma forma de personalização dos personagens, com a possibilidade de equipar roupas e máscaras diferentes, mas não chegamos a testar isso. Outra novidade foi a revelação de Kano como personagem jogável, com direito a skin de cangaceiro exclusiva aos jogadores brasileiros.

Mais um detalhe que prestamos atenção foi o número de espaços na tela de seleção de personagens, pois além dos sete disponíveis na demo, havia outros 18 vazios. Será que o elenco terá 25 lutadores?

Saberemos em breve, já que em abril "Mortal Kombat 11" chega para PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC.