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"Einhänder": Relembre quando a Square lançou um jogo de naves espaciais

Um dos aspectos de "Einhänder" é a direção de arte, oferecendo uma atmosfera colorida, mas ao mesmo tempo sombria, lembrando filmes como ?Blade Runner?. - Reprodução
Um dos aspectos de "Einhänder" é a direção de arte, oferecendo uma atmosfera colorida, mas ao mesmo tempo sombria, lembrando filmes como ?Blade Runner?. Imagem: Reprodução

Do GameHall

20/11/2018 14h08

Se você gosta de jogos de navinha e era um gamer ativo durante a o final da década de 90, certamente deve se lembrar de “Einhänder”, um shoot ‘m up desenvolvido pela Square (sim, aquela mesma mais conhecida dos RPGs!) exclusivamente para o primeiro PlayStation e lançado em 20 de novembro de 1997 – ou seja, completando hoje 21 aninhos -, apenas poucos meses depois do enorme sucesso de “Final Fantasy VII”.

O título diferente na capa na verdade vem do alemão, que em português pode ser traduzido como “uma mão”, devido a forma de braço mecânico com garra que é usado como suporte das armas (gunpods) que aparecem durante o jogo.

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A narrativa do game ocorre em um futuro fictício após uma guerra entre a colônia da Terra, Sodoma e a colônia da Lua, Selene. A “Primeira Guerra da Lua” resultou na destruição da maior parte da superfície da Terra e na criação de um regime totalitário no planeta.

Cerca de 50 anos se passaram desde então, quando eventos desencadeiam a “Segunda Guerra da Lua”, em que a Lua ataca a Terra novamente por recursos naturais. As táticas de Selene consistem em enviar espaçonaves de caça pilotadas por um homem chamada “Einhänder” em missões kamikaze para causar o máximo de dano possível no planeta antes de serem destruídas.

E é justamente um desses pilotos que o jogador assume o comando, para atacar a Terra, quando o jogo se inicia – e você pensando que seria o salvador da humanidade heim?! É possível escolher entre três diferentes modelos de naves, além do jogo oferecer mais dois secretos.

Einhander

A jogabilidade é bem simples, sua nave vem equipada com uma metralhadora padrão e a possibilidade de se equipar com diferentes gunpods, deixados pelos inimigos destruídos. São no total 12 gunpods com quantidades variáveis de energia, munição e alcance, incluindo canhões, lançadores de mísseis, granadas, raios de energia e até uma lâmina laser, que lembra o sabre de luz de Darth Vader.

Em seu aspecto visual, “Einhänder” apresenta belos gráficos poligonais com destaque para as mudanças de câmera do tradicional lateral 2D para uma perspectiva atrás da nave, gerando um efeito bem bacana sem afetar radicalmente o gameplay. A direção artística é bem competente, oferecendo uma atmosfera colorida, mas ao mesmo tempo sombria, lembrando filmes como “Blade Runner”, recheada de inimigos robóticos e grandes máquinas de destruição, especialmente quando se trata dos chefões.

Einhander

Para embalar a aventura espacial temos uma excelente trilha sonora assinada por Kenichiro Fukui, que conta com vários temas de música eletrônica que combinam bem com a atmosfera intensa e caótica do jogo.

Apesar de bem recebido pela crítica e fãs de games espaciais, “Einhänder” não se tornou um fenômeno de vendas e nunca contou com uma sequência, tornando-se além de um clássico do PSOne, uma excêntrica opção no vasto catálogo de títulos da Square. Seria interessante ver o que a desenvolvedora produziria com a IP hoje em dia, não é? De qualquer forma, deixamos aqui essa homenagem a esse grande jogo!