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OPINIÃO

"Far Cry 3: Blood Dragon" é uma visita aos clássicos filmes dos anos 80

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Imagem: Reprodução

Rodrigo Guerra

Do UOL, em São Paulo

01/05/2013 13h01

"Far Cry 3: Blood Dragon" é um jogo bem bacana e faz a mistura perfeita entre "Rambo" e "O Exterminador do Futuro", mas com pitadas de "Robocop" e "Comandos em Ação". Aqui não vai faltar luz neon nem metralhadoras laser - e isso é muito, mas muito divertido.

O clima de humor e exagero é constante, com armas malucas e poderes cibernéticos que combinam bem com a mecânica de "Far Cry 3" - que tem, inclusive, uma ilha inteira para ser descoberta e explorada.

"Blood Dragon" é sem dúvida um jogo muito divertido, porém por certas vezes o excesso de testosterona e o visual cansa. O exagero de rosa shock, verde limão e laranja radiação queimam sua vista depois de algumas horas de jogo - quando isso acontecer com você, dê uma pausa.

Este é um game bem bacana, seja para quem viveu nos anos 80, seja para quem gosta de tiroteios acéfalos. Afinal, esse é um jogo feito apenas para divertir - e essa é a sua maior arma.

Introdução

Dinossauros cibernéticos, neon rosa, animações 8 bit, vídeo cassete. Os anos 80 está para "Far Cry 3: Blood Dragon" assim como está para as séries "Super Vicky", "Dallas" e "Alf: O ETeimoso".

Disponível por download, o game mostra um futuro apocalíptico com a visão de 30 anos atrás: um mundo destruído por explosões nucleares que agora é dominado por soldados cibernéticos e muita, mas muita testosterona, típica de filmes como "Rambo", "Robocop" e "Comando Delta".

Far Cry 3 Blood Dragon Review 1 - Reprodução - Reprodução
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Tudo no jogo ajuda a entrar no clima, desde o visual até os diálogos que possuem uma pancada de palavrões e gírias típicas daquela época, mas com a jogabilidade de um dos melhores games de 2012.

Pontos Positivos

Bem-humorado

Um dos pontos mais altos de "Far Cry 3: Blood Dragon" está na sua história. Tudo tem uma referencia ou uma piada. Começando do tutorial, onde o seu soldado não pode se mexer nem atirar. "Me deixa ir", esbraveja o sargento Rex "Power" Colt, personagem que você controla no jogo e que solta outras frases como "Eu odeio tutoriais. Deixa eu atirar em alguma coisa!".

A verdade é que ninguém esperava que "Blood Dragon" fosse um jogo muito sério mesmo. A temática já deixa isso bem claro - afinal, como levar a sério alguma coisa que tem inspiração nos anos 80? O melhor é que as legendas do jogo, que têm opção para português, mantém esse espírito bem-humorado.

Far Cry 3 Blood Dragon Review 2 - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

Rex tem que invadir uma ilha dominada por um grupo terrorista comandado por um ex-soldado americano que ficou fora de controle e muito louco. No caminho para sua missão suicida, o protagonista vai fazer tudo o que mais gosta na vida: explodir coisas, atirar em soldados e matar dinossauros infectados com sangue de soldados cibernéticos - tudo isso é feito com um belo dedo do meio esticado.

Ah, e se você está pensando que este jogo é uma continuação de "Far Cry 3",fique tranquilo, pois "Blood Dragon" não tem nada a ver com a história de Jason e Vaas.

O melhor de "Far Cry 3"

Sabe as mecânicas de "Far Cry 3"? Então, elas estão aqui e são tão diversificadas quanto o jogo do ano passado. Você vai fazer coisas que vai até parecer que Chuck Norris foi seu vizinho. Além de invadir laboratórios, matar dinossauros que brilham em tons de neon verde-limão e rosa-shock, Rex faz barbaridades piromaníacas, caça animais e mais uma tonelada de missões paralelas.

As missões são dinâmicas e, a maioria delas, podem ser concluídas de formas diferentes. Um bom exemplo disso é a sua primeira base a ser dominada. Você pode escolher entre ser furtivo e matar os soldados um a um, ou ser um aspirante a Rambo e sair metralhando a tudo e todos, ou ainda ser inteligente e usar um Blood Dragon para acabar com todas as ameaças.

Far Cry 3 Blood Dragon Review 4 - Reprodução - Reprodução
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Mundo aberto e colorido

Explorar a ilha de "Blood Dragon" é emocionante. Em muitos aspectos ela segue o que foi aprendido com "Far Cry 3", ou seja, existem animais cibernéticos correndo de um lado para outro, patrulhas de carros de soldados inimigos e por aí vai.

Você vai gostar de andar pela ilha, seja à pé, seja em um jipe de guerra. O melhor é que uma voltinha fora da base nunca será como a outra, tudo isso graças ao mundo dinâmico e aleatório. E assim como em "Far Cry 3", você pode e deve usar essa dinâmica aleatória durante as missões. Afinal, em muitas ocasiões, um tigre azul fosforescente pode ser mais mortífero do que uma metralhadora de raios.

Claro que tudo isso fica divertido pelo simples fato do mundo ser bem escuro, afinal, que graça tem de usar raios laser em um mundo claro e vibrante como o de "Far Cry 3"?

Armas malucas

É claro que em um mundo pós-apocalíptico de 2007 vai contar com as armas mais incríveis da história da humanidade. Metralhadoras, pistolas e até arcos são usados para acabar com os seus inimigos e feras que encontrar - e o mais legal é que a grande maioria usa raios laser, inclusive os arcos.

Far Cry 3 Blood Dragon Review 3 - Reprodução - Reprodução
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Conforme você vai avançando na história, vai ganhando pontos de experiência e a cada nível, um novo bônus é concedido para Rex. Isso vai desde aumento de dano até melhorias para seu soldado cibernético, como super velocidade ou poder cair de lugares altos sem se ferir.

Pontos Negativos

Exagero do exagero

Dá pra ver que "Blood Dragon" é um jogo divertido e bem-humorado, mas tudo é tão over que às vezes cansa. A tela é permeada de scanlines (linhas que tracejam a tela para dar a impressão de que estamos jogando em uma TV de tubo) e o visual é escuro demais, algo que, sim sabemos tem tudo a ver com os anos 80, mas cansa. Variar um pouco a paleta de cores não faria mal algum.

Os diálogos são divertidos, mas também são repetitivos, isso porque Rex solta frases de efeito e essas frases são ditas dependendo de cada arma que você usa. Quem sempre usa a mesma arma, do início ao fim, vai ficar ainda mais chateado por tamanha repetição.

Nota: 8 (Ótimo)

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL