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Mass Effect

27/06/2008 17h24

Explodindo alienígenas 'Thorian'
Depois de arrancar elogios dos críticos e se colocar como um dos mais elaborados e jogos da biblioteca do Xbox 360, o RPG espacial "Mass Effect" dá as caras no PC. O que não é exatamente uma surpresa, uma vez que sua desenvolvedora, a Bioware, tem um longo e vitorioso histórico na plataforma, com clássicos inquestionáveis como "Neverwinter Nights" e "Baldur's Gate". A espera dos usuários de computador certamente compensou: esta é uma versão mais estável e ainda mais agradável de jogar do que a original lançada para o console da Microsoft no final do ano passado.

Ópera Espacial

Depois de escolher um avatar previamente definido ou mudar algumas características, como aparência física e classe, você encarna o Comandante Shepard, que se encontra à bordo da nave Normandy. A missão do militar é a de encontrar um dispositivo alienígena milenar em um planeta remoto, que pode ser a chave para o desenvolvimento de novas tecnologias. Ele é supervisionado por um alienígena chamado Nihlus, agente de um grupo batizado de Spectre, que servem para o universo do jogo mais ou menos como os Jedis funcionam em "Star Wars".

Com um pequeno time, Shepard acaba em uma situação tensa no planeta desconhecido, depois que Nihlus é abatido por outro Spectre, Saren, que tem seus próprios objetivos em relação ao artefato. A traição do agente acaba criando uma crise diplomática. O conselho que administra boa parte da galáxia entra em choque com os oficiais humanos e, em especial, com o protagonista, que precisa encontrar provas para fundamentar as acusações. Além, claro, de descobrir o que há por trás das intenções de Saren e quais segredos o item alienígena guarda.

Combate contra sentinelas
Claro que, como um típico RPG da Bioware, esta é apenas a ponta do iceberg. Shepard deve se relacionar com vários indivíduos - alguns que se juntarão a ele em sua jornada - e explorar vários planetas à procura de pistas. Muitos destes caminhos não levarão a lugar algum, mas serão cruciais para aprender mais sobre o universo de "Mass Effect" e desenvolver não só as habilidades de seus heróis, mas também para melhor compreender a dinâmica entre eles - graças às inteligentes árvores de diálogos, tradicionais nos títulos da empresa.

Interface remodelada

A interface para esta versão de PC foi levemente refeita, para melhor utilizar o conjunto de mouse e teclado. Como a ação funciona em tempo real e é preciso designar ordens aos outros membros de sua equipe, agora há alguns atalhos que tornam o gerenciamento da ação mais ágil e pequenas alterações, como um sistema de inventário mais eficiente. Também não dá para negar que a navegação fica mais confortável no computador, fugindo dos comandos concentrados do controle do 360 para um meio mais orgânica dos periféricos de PC, especialmente se você é o tipo que investe em equipamentos voltados para jogos.

Apesar destas pequenas melhorias na forma como são dados os comandos, "Mass Effect" traz exatamente o mesmo conteúdo já visto no console da Microsoft. Ou melhor, quase. Em março deste ano foi lançada uma pequena expansão chamada "Bring Down the Sky" para venda na Xbox Live Arcade e que será gratuita para os usuários de PC quando a Bioware resolver disponibilizá-la.

Além da história e eventos serem os mesmos, os gráficos, sons, trilha e efeitos também se repetem, mas de uma maneira bastante impressionante. Geralmente conversões para PC de jogos de console se apresentam pesadas, com bugs e outros defeitos, o que não acontece aqui

Um encontro inesperado
Na verdade, o computador ganhou uma versão mais polida e estável. Em configurações mais robustas, não apresenta problemas de queda de quadros de animação, texturas que somem e aparecem, além de alguns bizarros erros de leitura que ocorriam de vez em quando no 360. Então você fica livre de distrações para aproveitar os muitos detalhes e pequenas nuances criadas para ilustrar os mais diferentes mundos, repletos de seres bizarros e incrivelmente cheios de vida, ao som de faixas sintetizadas que lembram aventuras espaciais setentistas do cinema.

Nota: 9 (Excelente)