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Oni

16/02/2001 17h36

Oni. Se você tem acompanhado as notícias de videogames nos últimos anos, deve estar ciente de que esse era um dos dois trunfos da Bungie, e como tal, teve publicidade suficiente para carregar um Titanic (o filme, não o barco).

Desde o começo, Oni cometeu dois grandes erros: primeiro, querer misturar em um único pacote o estilo anime de desenho animado japonês, jogo de ação e artes marciais, e segundo, muitas promessas que criaram uma expectativa quase impossível de se alcançar. O que o consumidor consegue, no final, é ficar decepcionado com as proporções da mistura e por não corresponder às expectativas - apesar do jogo ser muito acima da média.

Por onde começar? Oni tenta ser uma mistura de Tomb Raider com Virtua Fighter, mas com o visual de Akira ou Ghost in the Shell (dois famosos desenhos animados japoneses). No papel de Konoko, uma agente secreta extremamente letal, você deve investigar uma terrível conspiração corporativa. Mas o potencial do anime é quase que inteiramente jogado fora pela câmera estilo Tomb Raider e seqüências animad... quer dizer, seqüências estáticas, porque quase não tem movimento nenhum. Você só sabe quem está falando pois aperecem pequenos quadrinhos com fotos dos personagens ao lado do diálogo!

E na hora da (frustra)ação, como em qualquer bom anime, nossa heroína deve lutar contra hordas de inimigos. Armas e golpes criativos não faltam. Mas ela aparentemente não tem o dom de Bruce Lee ou Motoko Kusanagi - lutar contra dezenas de inimigos de uma só vez - e Oni é sem dúvida difícil o suficiente para frustrar muita gente. A mistura de artes marcias e armas de fogo é interessante, e muitas das escapadas ousadas (que envolvem escorregar por baixo de sensores, pulos acrobáticos e aparelhos que deixariam James Bond com inveja) garantem certa variedade. Mas enormes fases repetitivas, e um sistema de save automático em pontos-chave podem afastar potenciais fãs.

Nota: 6 (Razoável)