Topo

Rashid, o rapper fã de "Zelda" e "Dark Souls"

Rashid joga games desde pequeno, e tenta aproveitar o Nintendo Switch e o PS4 quando não está em turnê - Murilo Desimone/Divulgação
Rashid joga games desde pequeno, e tenta aproveitar o Nintendo Switch e o PS4 quando não está em turnê Imagem: Murilo Desimone/Divulgação

Bruno Dias

Colaboração para o START, de São Paulo

23/06/2019 04h00

Rashid, 31, é um dos rappers mais talentosos de sua geração. Como ele próprio contou ao START, quando não está viajando o Brasil em shows ou cuidando dos trampos de seu escritório, o Foco na Missão, seu tempo livre é quase todo usado para fazer novas rimas e músicas.

"Quase todo" porque, quando não está escrevendo, o rapper dá um jeitinho de se dedicar ao PlayStation 4 e ao Nintendo Switch. "Costumo jogar sozinho mesmo, mais aos finais de semana, quando não tem show e estou em casa, ou quando tem show por São Paulo, que fico aqui e volto pra casa logo".

Vez ou outra, na semana, pego pra jogar, aí viro a madrugada e me ferro no outro dia (risos)
Rashid, rapper

Nintendo sempre presente

A paixão de Rashid pela Nintendo não começou no Switch, na real foi um "Nintendinho" (NES) que abriu as portas. "Era adolescente e uma das poucas coisas que tinha era um Nintendinho. Jogava muito 'Super Mario Bros.', o que me fez ser apaixonado por Mario até hoje", relembra o rapper.

E quem nunca se arrependeu de ter se separado de um videogame? "Numa época que estava morando em Minas Gerais, acabei vendendo meu Nintendinho sem ligar pro valor emocional que aquela parada tinha, e sem saber que aquilo valia muito. Vendi por uns 50 contos na época", lamenta-se Rashid. "Hoje me arrependo muito."

O Switch é 'da hora' porque dá uma facilidade maior. Vai viajar e pode levar a parada pra jogar, às vezes naquele tempo no hotel, esperando pra ir pro show
Rashid, rapper

Cada coisa que meu trabalho me proporciona rsrs

A post shared by Rashid (@mcrashid) on

Conforme a carreira no rap foi deslanchando, os games voltaram para a vida de Rashid. "Lembro que eu e o Projota éramos muito ligados em videogame. Ele tinha um Nintendo 64 na casa dele e a gente alugava fita na época. Ia pra casa dele jogar, perdi a conta da quantidade de vezes que a gente zerou o 'The Legend of Zelda: Ocarina of Time', quantas vezes a gente jogou 'Goldeneye 007'", conta Rashid.

Quando ele comprou um Xbox, viu a coisa "desandar", no bom sentido, claro. "Lembro que nessa época o 'PES' ainda era forte pra caramba, o 'PES 2010', que tinha o Silvio Luiz narrando, era bem forte. Depois o 'FIFA' foi meio que despontando e a gente sempre jogando. Aí passamos pro PlayStation. Não sou da geração do Playstation 1, tá ligado? O Play 2 só fui ter muito tempo depois, quando o pessoal já tava indo pro Play 3."

Rashid - Kleber Oliveira/Divulgação - Kleber Oliveira/Divulgação
Rashid sofreu com "Dark Souls", e diz que gostaria de ter participado de games como "Overwatch" e "The Last of Us"
Imagem: Kleber Oliveira/Divulgação

De olho nos streamers

Na época da febre de "Overwatch", Rashid costumava assistir a alguns torneios do jogo, mas não é algo que faz com muita frequência. "Gostava de ver os caras fazerem umas jogadas, umas paradas bem absurdas, sabe. Que só esses caras pra fazer mesmo, a gente em casa não consegue fazer nem a pau."

Às vezes passo uma raiva, mas tenho que lembrar que minha parada é fazer rima, né? Não é jogar videogame. (risos)", explica o rapper, que acompanha o trabalho de vários youtubers pra se manter atualizado. "Sigo os maiores, aqueles que todo mundo acaba vendo, o próprio Zangado, vejo muito os vídeos de 'Vale ou não a pena jogar', os assisto antes de comprar os games. O BRKsEDU, também vejo algumas coisas dele, aqueles manos do Rio, o Gameplayrj. Tem um canal gringo que gosto bastante, mas o cara nem é tão grande, chama FightinCowboy, ele fazer uns walkthrough dos jogos."

Zerei 'Uncharted 4'... foda!!!

A post shared by Rashid (@mcrashid) on

Dupla de bosses implacável

Para Rashid, "Dark Souls: Remastered" é um dos jogos mais "embaçados" que ele já jogou, principalmente quando teve que enfrentar a dupla de chefões Ornstein e Smough. "Dark Souls é conhecido por ser muito difícil, tá ligado. Então, você tem que ganhar de um primeiro [boss], vencer um já seria muito difícil, aí depois tem que enfrentar o outro. Mano, o bagulho é tipo impossível", diverte-se ao falar sobre Ornstein e Smough.

"Tentei várias vezes, mano. Sem exagero, devo ter tentado mais de 50 vezes, insisti naquele lugar. O pior de tudo é que o local do save de Dark Souls é muito longe do chefe, tem uma caminhada até chegar lá. Mas aí você vai aprendendo, né? Nas primeiras vezes você quer matar todo mundo, depois de dez tentativas já passa correndo, não quer nem saber, só tá com raiva."

The Last of Us e Overwatch

Dois jogos marcaram a história recente de Rashid com os games: "The Last of Us" e "Overwatch". O rapper ficou tão impressionado com a qualidade de ambos que, se pudesse escolher algum projeto pra ter se envolvido, os dois estariam em sua lista.

"Gosto muito de 'The Last of Us', talvez nem seja a história mais inusitada da parada, mas como o jogo de desenrola é muito bom. Também gosto muito da ideia do 'Overwatch', embora hoje ele já esteja em baixa por causa dos Battle Royale, que chegaram dominando tudo", conta Rashid. "Gosto muito de como o 'Overwatch' foi desenvolvido, a parada de ter vários heróis. Às vezes você pega os personagens mais inusitados e consegue fazer um estrago grande na partida. São dois jogos em que gostaria de estar envolvido. Fora os designs, né? Tanto os gráficos bonitões de 'The Last of Us', quanto a parada do 'Overwatch' que é mais cartunizada."

Quem você desafiaria pra um gameplay?

"Não sou muito dos jogos competitivos, acho que a parada mais competitiva que eu gostei nos últimos tempos, fora o 'FIFA', 'Overwatch'. Chamaria, sei lá, o Cauê Moura pra jogar um 'Overwatch', porque sei que ele jogava há uns tempos. Cauê é um cara sangue bom, a gente ia dar altas risadas."

Top 5 games da vida

Super Mario Bros. 3

Super Mario Bros. 3 - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução
"Primeiro jogo que tenho na cabeça, que joguei de verdade. Sinceramente, na época não tinha uma consciência técnica da coisa, 'nossa, olha como isso desenrola, olha essas fases, e tal'. Mas era muito divertido e ao mesmo tempo desafiador. Apesar de ele ter uma aparência ingênua, ele é muito desafiador. Gostava muito."

The Legend of Zelda: Ocarina of Time

Zelda Ocarina of Time - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

"Na época a gente achava os gráficos incríveis, e hoje você olha pra parada e é terrível Acho que foi revolucionário de certa forma, a história é muito boa. Zelda sempre teve umas histórias incríveis e gosto muito dessa. Foi o primeiro jogo que zerei consciente: 'Tô zerando esse jogo aqui e vou zerar de novo'. Foi um que zerei várias vezes porque acabei ficando viciado e depois você aprende todos os esquemas e tal."

The Last of Us

The Last of Us - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

"A história é muito f***, o ambiente é muito f***, como ele te envolve. Pra você ter uma noção, quando jogava minha esposa ficava ao meu lado assistindo, como se fosse um filme a parada. O bagulho é muito doido."

Saga God of War

God of War - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

"Acho que dá pra colocar a saga toda, porque o último é incrível, mas também acho os outros incríveis, principalmente pra época. Então é difícil desligar um do outro. Gosto muito."

The Legend of Zelda: Breath of the Wild

Zelda - Breath of the Wild - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

"Esse tem que estar, não é antigo, embora tenha outro Zelda na lista, mas é muito bom. É uma obra de arte, os caras conseguiram realmente revolucionar o estilo de jogo Zelda. Superaram as expectativas, embora muita gente ache defeitos ainda, mas é uma baita experiência jogar. É um jogo longo e, mesmo quando você termina, você fica viúvo dele, tá ligado. Você fica voltando, 'pô, preciso zerar de novo, não é possível, deve ter mais alguma coisa pra pegar, algum item ali."