Produtora de "LoL" afasta chefe por só 2 meses após assédio moral e sexual
A Riot Games, desenvolvedora de "League of Legends", suspendeu seu chefe de operações, Scott Gelb, por dois meses sem remuneração após relatos de funcionários por má conduta sexual no local de trabalho e por peidar em seus rostos como uma brincadeira.
Em novembro passado, duas mulheres entraram com uma ação coletiva contra a empresa, alegando que o comportamento tóxico de Gelb afetava negativamente seus trabalhos e carreiras.
O executivo foi especificamente acusado de peidar nos funcionários, de se esfregar e bater em seus testículos como parte do que foi descrito como piadas e brincadeiras dentro do escritório, promovendo assim um ambiente hostil às mulheres.
Após as alegações, a Riot pediu desculpas e prometeu realizar uma revisão interna e fazer as mudanças necessárias em seu ambiente de trabalho.
Agora, a Riot informou que Gelb será suspenso sem remuneração devido a seu comportamento e será treinado antes de retornar à empresa em dois meses, segundo informações do site Kotaku.
Em um email interno do CEO da Riot Nicolo Laurent, é informado que a decisão de suspender mas manter a Gelb foi tomada após uma investigação conjunta de um comitê de diretores e do escritório de advocacia Seyfarth Shaw.
"Depois de analisar cuidadosamente e considerar as conclusões, o Comitê Especial do Conselho de Administração da Riot determinou que uma licença não remunerada de dois meses, juntamente com treinamento, era a ação apropriada dadas as alegações que foram substanciadas. Também podemos confirmar que muitos dos rumores que circulam sobre Scott dentro da empresa, da mídia e de outros canais não eram realmente verdadeiros", disse a empresa em comunicado.
A decisão da empresa de manter Gelb deixou vários funcionários frustrados, que esperavam uma punição mais severa, como o afastamento do executivo. Ao site Kotaku, uma pessoa comparou a suspensão de dois meses como "um pequeno tapa no pulso" e descreveu a decisão de manter Gelb como desrespeitosa aos funcionários afetados por seu comportamento.
A empresa também enfrenta uma uma ação coletiva contra discriminação de gênero, apresentada em novembro pelas duas funcionárias, uma ex e uma atual, alegando que a "cultura masculina" da empresa afetou negativamente suas carreiras.
Outros funcionários da Riot foram acusados de enviar fotos não solicitadas de seus órgãos genitais e manter uma lista das funcionárias mais "gostosas". A Riot possui cerca de 2.500 funcionários, dos quais 80% são homens.
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